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domingo, 29 de abril de 2012

Preto e branco


"Aqui recomeço tudo de novo, pra você setembro pra mim ano novo. Não esperava que fosse assim (...)
Não me olhe desse jeito como alguém que nunca me viu se não me reconhece pra mim você nunca existiu. Ás vezes sozinho deitado no quarto eu lembro de quando fizemos um trato de você nunca me esquecer. Te dei todas provas de amor que pediu, você não se lembra será que não viu. Me diz se o culpado de tudo fui eu: Sempre dei mais do que você mereceu(...)
Não sei quem é você...E nem mais quantas são!
Seus olhos não podem me ver por que está cego seu coração
Não esperava que fosse assim"



sábado, 28 de abril de 2012

Sobre glórias e espaços vazios



Vou riscando os dias no calendário para ver se o tempo passa mais rápido. E o tempo segue seu curso me fazendo tropeçar nos ponteiros de um relógio. Só que independente de amor ou dor o tempo passa e as coisas tentam se encaminhar.
Me surpreendo com a força que ainda tenho! Tive forças pra me levantar e tirar de perto de mim tudo que pudesse me lembrar você. Tive força pra desfazer meu mural e guardar nossas fotos em um envelope junto com minhas mágoas. Tive força para apagar nossos rastros após você partir jogando nossa história caminho a fora.
E então me vejo aqui admirando o silêncio e descobrindo verdades que sempre estiveram tão evidentes e eu não quis perceber. Encontro algumas respostas e sei que pobreza de espírito é muito mais grave que a material! Dissimule-se, fantasie-se, engane-se...e salte de cabeça no precipício que há no fim da estrada!
Está tudo mudando em mim! A solidão vai partindo aos poucos dando lugar a novas histórias levando com ela meus sentidos. E hoje me surpreendi porque sumiu, desapareceu, partiu! Sua marca saiu de mim...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Folhas de outono



Estou precisando de dois braços me envolvendo o corpo, me abraçando apertado e demorado. Preciso de um olhar que enxergue os meus segredos e ainda assim não se canse de me contemplar. Quero uma voz a sussurrar palavras doces em meus ouvidos por uma noite, por uma semana ou a vida inteira.
Quero algo que dê sentido a tudo isso...
Preciso recomeçar...
Por enquanto vou me destruindo lentamente como árvores no outono, sentindo a dor de ir perdendo lentamente o sentido de ser. Tiram-me a alegria, a beleza e o balançar. Tiram-me quase tudo...Restam as raízes fincadas aqui nesse chão que me sustentam em meio a esse vento de desilusão e a essa chuva de lágrimas.
Uma estação não dura uma vida inteira! Estação. Estacionado. Parado. Estático. Sou aqui me fazendo em pedaços para me reconstruir. 
Novos tempos virão...o outono já está se acabando!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Última carta de Olga Benário



Hoje é data da morte de Olga Benário Prestes. Exemplo de luta e amor por um ideal!

“Queridos: Amanhã vou precisar de toda a minha força e de toda a minha vontade. Por isso, não posso pensar nas coisas que me torturam o coração, que são mais caras que a minha própria vida. E por isso me despeço de vocês agora. 
É totalmente impossível para mim imaginar, filha querida, que não voltarei a ver-te, que nunca mais voltarei a estreitar-te em meus braços ansiosos. Quisera poder pentear-te, fazer-te as tranças - ah, não, elas foram cortadas. Mas te fica melhor o cabelo solto, um pouco desalinhado. Antes de tudo, vou fazer-te forte. Deves andar de sandálias ou descalça, correr ao ar livre comigo. Sua avó, em princípio, não estará muito de acordo com isso, mas logo nos entenderemos muito bem. Deves respeitá-la e querê-la por toda a tua vida, como o teu pai e eu fazemos. Todas as manhãs faremos ginástica... Vês? Já volto a sonhar, como tantas noites, e esqueço que esta é a minha despedida. E agora, quando penso nisto de novo, a idéia de que nunca mais poderei estreitar teu corpinho cálido é para mim como a morte. 
Carlos, querido, amado meu: terei que renunciar para sempre a tudo de bom que me destes? Conformar-me-ia, mesmo se não pudesse ter-te muito próximo, que teus olhos mais uma vez me olhassem. E queria ver teu sorriso. Quero-os a ambos, tanto, tanto. E estou tão agradecida à vida, por ela haver me dado a ambos. 
Mas o que eu gostaria era de poder viver um dia feliz, os três juntos, como milhares de vezes imaginei. Será possível que nunca verei o quanto orgulhoso e feliz te sentes por nossa filha? Querida Anita, Meu querido marido, meu garoto: choro debaixo das mantas para que ninguém me ouça pois parece que hoje as forças não conseguem alcançar-me para suportar algo tão terrível. 
É precisamente por isso que me esforço para despedir-me de vocês agora, para não ter que fazê-lo nas últimas e difíceis horas. Depois desta noite, quero viver para este futuro tão breve que me resta. De ti aprendi, querido, o quanto significa a força de vontade, especialmente se emana de fontes como as nossas. Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo. Prometo-te agora, ao despedir-me, que até o último instante não terão porque se envergonhar de mim. 
Quero que me entendam bem: preparar-me para a morte não significa que me renda, mas sim saber fazer-lhe frente quando ela chegue. Mas, no entanto, podem ainda acontecer tantas coisas... Até o último momento manter-me-ei firme e com vontade de viver. Agora vou dormir para ser mais forte amanhã. 
Beijos pela última vez. Olga”

domingo, 22 de abril de 2012

Domingo gelado

Estou completamente ferido...e é de uma intensidade que qualquer pensamento me fere ainda mais. Me sinto sozinho, me sinto perdido, as vezes nem me sinto.
O nó na garganta me acompanha incessantemente e eu perco o rumo. Perco a vontade de existir desde que perdi a razão de ser.
Em meio a tudo isso me dá raiva...
Raiva de ter me entregado
De ter acreditado
Por ter esperado
Por ter sido paciente ao extremo
A raiva me consome em alguns momentos...como se tudo tivesse sido em vão.
Eu não entendo e não sei se um dia entenderei.
Não entendo mesmo
E o que me resta a fazer?
É o frio chegando e me torturando ainda mais...
Eu só queria quer as coisas fossem diferentes...se eu pudesse eu faria tudo igual, mas diferente!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Lágrimas

Lavem minha alma
Levem minha dor embora
Lavem meus pensamentos
Levem as lembranças
Lavem minhas feridas
Levem embora as mágoas
Lavem minha história
Levem embora esses dias
Lavem meus sonhos
Levem minhas angústias
Lavem, levem depressa...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fragmentos de um mês

Um mês se passou e eu estou aqui. Não sei como e nem o motivo, mas sobrevivi. Em alguns momentos não tive forças para levantar, em outros me arrastei pela madrugada até ver a noite virar dia com medo de fechar os olhos e sonhar com você. 
Perdi a conta das vezes em que olhei o celular dentro de um minuto esperando uma ligação, uma mensagem ou qualquer sinal de que de alguma forma estava pensando em mim. Perdi a conta de quantas vezes olhei para os locais onde outrora estivemos juntos esperando ver cenas se repetindo e nada aconteceu.
Quantas vezes senti meu coração acelerando ao sentir o seu perfume e ao olhar não ser você. Quantas vezes rememorei nossas falas, reli suas cartas e olhei nossas fotos na esperança de ter você de algum modo. Quantas vezes vi meu mundo desmoronar ao ver você seguindo sua vida nem se importando com tudo que aconteceu. É como se esse ano não tivesse existido, como se tudo não passasse de uma brincadeira. Não tive da sua parte um gesto de compaixão, um olhar de ternura, pelo contrário recebi apenas indiferença.
Como entender alguém em um momento lhe dizer que você é tudo e em outro se tornar um nada tão insignificante a ponto de fingir que nunca conheceu. Como entender alguém lhe dizer que te ama e em um momento esse sentimento não mais existir?
Eu abri meu coração, minha vida e minha alma. Retirei todas as barreiras e armaduras com as quais por tanto tempo me defendi e então o que aconteceu? Meu coração foi transpassado por uma espada de dor infinita. A música que antes tocava foi substituída pelo silêncio. Não há mais colo, não há mais afeto, não há mais nada além de indiferença. A contagem agora se inverteu, o que antes era de presença agora é de ausência.
Fico aqui sem saber o que fazer e para onde ir. Vazio, silêncio e solidão. Voa tempo, voa dor, voa história. Sigo sem forças e com vontade de parar. Sigo me desfragmentando lentamente, me perdendo de mim, querendo fugir de tudo isso, sem olhar pra trás como você fez ao sair daqui. 

"Obrigado lindo por ser quem é, por me amar, por se permitir ser amado por mim....somos o melhor pra nós dois...promete que me ama muito mesmo? promete que seremos pra sempre um do outro?"

"Espero que você seja feliz, comigo ou sem mim, mas seja feliz..."

domingo, 15 de abril de 2012

Relendo email

"Amor, que é amor, dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado, eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto". O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração os quais sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!" Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha. 
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras... 
Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.  A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... 
Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos. 
Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não."
(Pe Fabio de Melo)

sábado, 14 de abril de 2012

Sábado chuvoso

Os pensamentos vão diminuindo gradativamente assim como as lembranças. Ainda dói e muito, mas sinto como se estivesse me acostumando com a dor. A ferida sangra sem cicatriz mas o sangue está estancando, talvez já não tenho mais sangue para sangrar.
De alguma forma ainda existe uma presença em meio a tanta ausência. Por mais que apaguemos os rastros alguma coisa ainda se sobrepõe. Uma música tocando em um carro na rua, alguém que te faz uma pergunta, um lugar que te recorde algo e principalmente uma memória que insiste em surgir a mente ainda que sem vontade.
O tempo tem passado, em alguns momentos rápido e em outros em uma lentidão massacrante. Tem dias que estou bem, que me controlo e penso que isso tudo uma hora passará. Em outros dias não sei pensar em mais nada a não ser na forma em que as coisas aconteceram, fantasio mil e uma explicações e no fim não chego a conclusão alguma.
Alguém pode me mostrar onde está o erro? Sou eu? É você? Não sei mais em que pensar...Tenho certeza de que fiz tudo que estava ao meu alcance, lutei até mesmo quando já não havia mais motivos para tal. Se não consigo dormir não é de consciência pesada - pelo contrário, minha consciência não me acusa em nada - é de uma dor chamada saudade. 
E estava tudo tão bem nesse sábado até começar a chover e eu sentir vontade de sair correndo pela chuva pedindo que ela lavasse minha alma e me ajudasse a cicatrizar tudo que em mim ainda dói. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Conteúdo Latente

Essa noite sonhei com você e parecia tudo tão real...
Mas sonhos são apenas realizações de desejos
Apenas realizações...não são satisfações.
Satisfação é só na vida real, acordado, com os pés no chão
E na vida real é tudo bem diferente...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Em busca de mim

Se hoje tivesse que definir meu dia em uma palavra ela seria "estranho". Não sei se estou bem ou se estou ruim, hoje não sei de nada!
Sinto que as horas estão se arrastando lentamente e isso está me torturando. Sou atropelado por lembranças e isso me machuca ainda mais...Quando acho que estou cicatrizando percebo que a ferida ainda dói e sangra. É como se a faca ainda estivesse enfiada em meu coração e então sinto medo...
Medo de que os dias passem, os meses passem e eu não passe por tudo isso. Medo de ficar aqui parado sentindo dor e mais nada. Medo de um dia te encontrar em algum lugar e não saber o que fazer. Medo de não voltar a ser quem eu fui.
Me sinto usado...Acho que fui roubado...Quem me roubou de mim?
Devolva-me meus planos, meus sonhos e minha capacidade de acreditar nas pessoas. Devolva meu sorriso espontâneo e meus pensamentos livres. Devolva tudo aquilo que roubastes de mim...
Estou aprendendo a viver um dia de cada vez, aprendendo a não ouvir mais "nossa música", a não ver "nossas fotos", a não lembrar das "nossas brincadeiras" e principalmente, aprendendo a pensar que "nós" não existimos mais.
Agora sou eu por mim mesmo e a vida continua sua rota. Preciso lutar com vários leões a cada dia, vencer meus limites a cada minuto e mostrar que sou capaz de tudo que eu quiser. Sou eu lutando contra mim mesmo para que minha luz não se apague. Sou eu, ao contrário de você, não abrindo mão da minha felicidade...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vita Vuota

Há muito tempo atrás em um palco perdido pela vida havia um ator de nome BUGIARDO. Esse jovem ator já tinha idade suficiente para encarar a vida tal como ela é, mas preferia representar nesse palco! Lidar com fantasias é muito mais fácil do que estender a mão para a realidade.
Nosso astro BUGIARDO sabia convencer aqueles que o assistiam, tinha o dom de simular emoções e com isso mexer com as emoções do seu público. Sabia chorar rios de lágrimas onde somente crocodilos poderiam nadar. Sabia gritar aos quatro ventos suas dores e suas angústias. Sabia sorrir ironicamente e apunhalar pelas costas aqueles que sinceramente o aplaudia.
Sua principal atração eram as marionetes, como nosso ator era manipulador! BUGIARDO conseguia manipular a todos que o cercavam. Manipulava sonhos, manipulava histórias e desejos. BUGIARDO era talentoso demais! Era um prodígio de ator!
Só que ninguém nunca teve oportunidade de entrar no camarim de BUGIARDO onde a máscara caía e a verdade aparecia. Mas a verdade, senhora e senhores, esse humildade narrador irá lhes contar! 
BUGIARDO era vazio demais...tão vazio quanto sua máscara quando retirada. Era vazio de sentimentos sinceros, de verdades e de lealdade. BUGIARDO precisava representar o tempo todo e a todo momento para que ninguém visse as feridas que a vida já havia feito em sua alma. Pobre BUGIARDO!!! Quanta ironia nessa peça...
O nosso belíssimo ator, manipulador, com lágrimas sem gosto e sorrisos apunhaladores não sabia ao menos seu nome! Era tanta representação que a essência se perdeu e quando isso acontece fica difícil de se encontrar pela vida. 
BUGIARDO fingia estar bem, fingia não importar-se, fingia e fingia que não sabia fazer outra coisa além de tentar ser o que não era. No fundo, havia só solidão...porque um dia a plateia se cansa de assistir a mesma peça e então restam apenas aquelas pessoas que viam em BUGIARDO o seu talento além das máscaras. Mas esse será uma outra história....
A você que me lê só digo uma coisa, BUGIARDO estava cego demais para perceber algumas coisas mas a vida uma hora mostra a que veio. Nosso BUGIARDO não era mais nada além de um bugiardo!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Homicídio doloso

Reli "O meu pé de laranja lima" e mais uma vez me emocionei e tirei ensinamentos. Sempre me identifico com a precocidade de Zezé que divide seu tempo em ser criança e adulto. Quantas vezes tive que agir como adulto quando minha maior vontade era correr por aí sem preocupações.
E hoje, homem feito, sinto saudades da liberdade que ainda havia na minha infância. Crescer não significa ter que abandonar por completo a criança que um dia fomos, mas implica em ter responsabilidades e não agir com infantilidades perante a vida.
Nessa última leitura o que mais me identifiquei foi com a questão de matar alguém dentro da gente. Quantas vezes somos obrigados a fazer isso! Não falo em transformar o coração em um cemitério e ficar sempre remoendo velhos fantasmas, mas, no sentido de que a morte implica em ausência e silêncio então fazer silenciar algumas vozes dentro de nós.
Esse processo é tao "espontâneo e automático" que muitas vezes não temos consciência de que estamos matando alguém dentro de nós. O tempo é a arma primordial nesse assassinato! Com o passar do tempo a morte vai se concretizando e ficando apenas lembranças que diminuem gradativamente em sua constância. 
Não quero ser um assassino mas as vezes a vida exige isso, ainda mais quando já nos mataram em outros corações!



"- Mas ele me bateu tanto, tanto, Portuga. Não faz mal...
Funguei compridamente. 
– Não faz mal, eu vou matar ele.
- Que é isso menino, matares teu pai?
- Vou sim. Eu já até que comecei. Matar não quer dizer a gente pegar revolver de Buck Jones e fazer bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu."

domingo, 8 de abril de 2012

Sobre datas e aniversários

E me surpreendo comigo mesmo a cada dia. Vejo que a vida realmente é muito breve e meu próprio corpo é que tem me mostrado isso. Em um mesmo dia descubro algo que de alguma forma revira a minha vida, se não pelo amor então que seja pela dor a minha forma de mais uma vez sentir a vida.
De alguma forma me sinto forte...será que isso realmente se chama força? Não sei, me sinto seguro e isso basta. Nada como um dia após o outro e um pôr do sol nesse intervalo. Perceber que até mesmo a natureza precisa passar por transformações e então entender que logo em seguida ao espetáculo mais lindo vem uma noite escura, as vezes sem estrelas e algumas outras vezes longa ou até mesmo aparentemente infinita.
Mas tudo passa e tudo passará! Não sei ao certo quando, nem onde e muito menos como...tenho apenas fé. Fé na vida e um pouco nas pessoas ainda. Fé de que um dia estarei olhando o pôr do sol sem nostalgia alguma, contemplando e aplaudindo mais um dia que pude viver...
E hoje pensei muito em tudo isso que aconteceu...datas sempre nos marcam e hoje os aniversários eram múltiplos...há um ano atrás as coisas eram diferentes, em poucos dias mudariam...mas eram diferentes...demais! Você estaria chegando aqui pela primeira vez e diferentemente estaria comigo no momento em que mais precisava...
E hoje estou aqui apenas sendo eu mesmo, sem máscaras ou aparências falsas. Tenho certeza que a vida gira e nessas voltas muita gente irá se encontrar e como diria um amigo meu: "quem viver, verá". 
Gira mundo, gira vida...girem os pensamentos e os sentimentos...E enquanto isso vejo mais um pôr do sol, 43 vezes é pouco ainda...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Tirando o pó da vida...

Hoje acordei com vontade de viver! Pela primeira vez em semanas senti que eu existo e por isso não preciso sobreviver. Tenho essência, sou indivíduo dotado de valores e sentimentos.
Hoje resolvi organizar minha história e meus sonhos. Percebi que a mudança precisa começar das coisas mais simples, aos poucos e lentamente. Mudar bruscamente não faz bem, pelo contrário, só nos deixa ainda mais confusos!
Então comecei minha mudança pelos detalhes e percebi que para organizar é preciso bagunçar primeiro. No meio da bagunça nos sentimos perdidos, olhamos ao redor e nada mais faz sentido e tantas vezes temos vontade de desistir de tudo e ficar apenas olhando as coisas acontecerem. Mas existem situações na vida em que ninguém poderá agir por nós, se não formos com as próprias mãos, ainda que sem vontade, ficaremos estacionados no tempo, remoendo dores e desamores.
Esse processo permite também perceber que acumulamos tanta coisa que não precisamos, que nos fazem mal. Espaço que poderia ser ocupado por outras pessoas, por outros sentimentos, por outras vivências. E então nos permitimos deixar de lado o que nos ocupa inapropriadamente.
Uma coisa que hoje me dou conta é que na vida não há tempo perdido. Devemos aproveitar cada situação seja ela qual for. Viver a ponto de se sentir a pessoa mais feliz do mundo e a ponto de passar uma noite inteira chorando. Viver e perceber que a vida é realmente feita de torções e então lidar com tudo que possa surgir pela existência.
Entender que somos feito de experiências e que experiências são momentos sejam eles breves ou longos. Entender que viver preso ao tempo não leva a lugar algum. Entender que a vida é uma caixa de surpresa e cabe somente a mim viver. Entender que o que tenho é o momento presente e que de passado ninguém vive. Entender que de tudo podemos tirar um aprendizado e então buscar evoluir. E por fim entender que com amor tudo é possível mas o amor próprio deve vir em primeiro lugar!
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