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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sonho de uma noite de verão

Ah, como serão boas aquelas noites em que chegarei em casa após um longo dia de trabalho. Você já estará de banho tomado vendo alguma coisa na TV. Ao te ver receberei um belo sorriso e a pergunta de como foi meu dia. E então sentarei ao seu lado, lhe darei um beijo, conversaremos um pouco e eu vou tomar um banho.
Cheirando a sabonete vou te encontrar na cozinha começando a preparar o jantar. Começo a te ajudar, mas antes abro um vinho e sirvo um taça para você também. Brindamos à vida, ao nosso amor, à nossa história!
E entre os preparativos a gente pára, se abraça e então nos beijaremos devagar absorvendo o sabor de um amor imortal!
Eu gosto da maneira como você me olha a fazer as coisas e mais ainda gosto de te olhar me olhando. E então te pergunto o que tanto olha e você sorrindo me diz que apenas gosta de me olhar.
E depois do jantar vamos sentar um pouco na varanda para olhar as estrelas e sentir a brisa noturna em nossas faces. Conversaremos ainda mais, contaremos piadas, olharemos as pessoas passando na rua.
Mais tarde vamos para nosso quarto e então faremos amor sem pressa e sem medo da entrega. Seremos um e experimentaremos a eternidade!
E por fim dormiremos abraçados, nos acariciando, como se de repente o mundo parasse e nada mais existisse, e então direi o quanto te amo, você me dá um beijo e diz que também me ama muito. Pegaremos no sono até despertar e ficar admirando seu sono, e você acorda, me olha e sorri e me puxa para um abraço demorado.
Será assim, ou ainda melhor...

“O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem”

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sociedade dos poetas mortos

Não tente compreender minha escrita pois em alguns momentos nem eu mesmo a compreendo. Não sei a quem escrevo, e nem o real motivo de o fazer. Escrevo ao vento assim como todas as palavras que pronuncio que vão se perdendo de mim, indo para longe sem que eu possa agarrá-las e mantê-las por perto.
Não tente dar sentido ao que é inefável! Não coloque suas meias verdades como decreto supremo, pois a realidade é imperceptível ao que de fato cremos ser concreto.
Não prenda meus anseios, meus desejos e meus medos. Liberte-me...deixe-me ir que eu volto, se continuo preso aqui minha vontade é sempre de partir.
Partido ao meio um coração jamais pode retornar ao seu formato original, ainda que se tente consertar o que o feriu. Não me machuque com seu orgulho...onde há amor não existe orgulho.
Dê-me um pouco mais de tinta porque meu tinteiro está se esvaziando e minha pena teima em rabiscar. Sou um poeta preso em convenções, fadado a traduzir sentimentos em códigos se esforçando ao máximo para conseguir.
Digo a mim e a você, e a quem quiser saber...de nada mais sei além de que algo preciso saber. Seja sincero, seja límpido e me compreenda.
Busco o caminho, a verdade e a vida. Sou a voz que ecoa no deserto e que nunca é ouvida. Sou a voz esquecida e empoeirada numa estante. Sou apenas um errante e mais nada.
E por fim me despeço. Não tenho paradeiros, não me siga. Minha casa é essa imensidão de mundo e o meu lar é a vida. 
Sou eu, um poeta esquecido em um epitáfio...
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