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terça-feira, 31 de julho de 2012

Fogos e luzes

(Foto: Juliano Rosa - Albúm de Juliano )
As vezes a gente se sente assim tão distante do mundo e com uma vontade infinita de se distanciar ainda mais. Dá uma louca vontade de fugir para uma ilha deserta e não ouvir som algum além daqueles próprios da natureza.
Tem tardes em que a vontade é sentar diante do mar e contemplar o pôr do sol pedindo que ele leva consigo aqueles pensamentos que tanto atormentam e que se confundem dentro de nós bagunçando os sentimentos.
Tem noite em que a única vontade é sentar diante de uma fogueira com um violão nas mãos e cantar até o sol raiar. Cantar tão alto e tão forte a ponto de acordar o mundo e quem sabe ouvir mais vozes cantando a vontade de ser livre em meio a tantas prisões invisíveis. 
Tem gente que engana. Tem gente que ama. Tem gente que finge. Tem gente que não esconde. Tem pessoas e pessoas e as vezes o que você procura nunca se encontra. E o que fazer?
As vezes tenho um silêncio que grita tão forte dentro de mim que acaba tirando o meu sono e meu equilíbrio.  E o som é tão alto e tão forte mas somente eu posso ouvir, porque vivemos em um mundo onde não é permitido gritar, pisar na grama e mesmo assim ainda temos que sorrir porque somos filmados a todo instante.
Acendam uma luz em meio a essa escuridão e iluminem meus passos. Me dê suas mãos e me leve junto com você para onde for, só não me deixe aqui sozinho em meio a tantos monstros que habitam dentro de mim. Não tenha medo de me olhar e nem de me desvendar, se souber como fazer irá chegar direto em minha alma e verás que tenho algo de bom em meio a tudo isso.
As vezes a gente precisa apenas de um abraço que dure uma eternidade...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Novos horizontes

Eu me pergunto constantemente o que leva uma pessoa a sofrer por um motivo conhecido e mesmo assim persistir em tal ação? Será que os poucos momentos de satisfação compensam toda energia gasta em lágrimas e noites mal dormidas? Será que a incerteza de uma presença é suficiente para uma vida desperdiçada?
Hoje eu tenho certeza de que eu jamais me sujeitaria a situações onde tivesse que implorar por algum afeto. Em nossos relacionamentos deve haver reciprocidade e partilha. Anulamentos não cabem onde duas pessoas se completam e esse complemento não deve ser o que sobrecarrega o outro com nossas carências, angústias e frustrações.
Não tenho obrigação de fazer o outro feliz ou de ser o que ele gostaria e vice-versa. Devemos ter a capacidade de caminhar lado a lado, sem cobranças, sem neuroses ou obsessões. Respeito e confiança são os alicerces fundamentais de qualquer vínculo que pretende ser duradouro.
O tempo passa e tudo evolui ou regride. Eu escolhi evoluir e enfrentar o doloroso processo da mudança e suas consequências. Dei minha face aos tapas da vida e recebi bofetadas de onde menos esperei. Caí e pensei não ter mais forças, mas me ergui e segui de cabeça erguida na certeza de que o sentimento de culpa era algo que a mim não pertencia.
Estou longe de um masoquismo consciente. Sou dono das minhas ações e determino que quero ser feliz ainda que imperfeito. A vida tem muita coisa boa para ser vivida e muitas pessoas especiais para me ajudarem a crescer...por que perder tempo com algo que não dará futuro e está lá atrás em páginas passadas?

sábado, 28 de julho de 2012

Recordar

Somos seres ritualísticos por essência. Precisamos quase que desesperadamente de datas, objetos e eventos exteriores para que organizemos o nosso interior. Somos iludidos com a contagem das horas e o marcar dos dias e anos por um calendário que de alguma forma nos ilude com a ideia de infinitude.
Precisamos de pequenas lembranças para evocar acontecimentos anteriores que foram importantes para nós. Precisamos registrar o cheiro, a voz, o olhar e o sorriso para que nos lembremos de uma pessoa. Precisamos registrar datas de nascimento, de casamento, de namoro, de noivado e de morte.
Essa necessidade surge do nosso apego e a dificil missão de se despedir de algo ou alguém. Se a presença se vai, ficam-se as lembranças. Recordar é positivo na medida em que mantém vivo em nós algo que já vivemos, porém, quando nossa passa a girar em torno do passado é sinal de que estamos diante de um sério problema.
Que a vida ande sempre para frente ainda que isso ocorra em ciclos. Que as lembranças não nos perturbem e que nossos rituais não faça de nós neuróticos obsessivos. Que saibamos viver com o que lembramos e com o que esquecemos e que a dor não seja maior que a alegria da saudade.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Hungaro

Não sei se existe algo chamado destino ou predestinação. Não sei qual crença seguir em meio a esse emaranhado de superstições. Não sei qual regra é verdadeira e qual tabu deve ser quebrado. Não sei de quase nada nesse turbilhão de novas emoções.
As repetições da vida insistem em me seguir e não acredito que esteja em uma neurose. As vezes é preciso que aconteça tudo igual para as situações sejam diferentes. Contraditório isso? Depende do ponto de vista. Eu sei de onde estou olhando e o que vejo é muito bom e o que importa é o que tenho crescido com tudo isso.
Sou acostumado a ir devagar em algumas situações ainda que seja hiperativo em minhas atitudes. Você é rápido ainda que tenha uma fala e um jeito tranquilo de ser. Sou um livro fechado esperando alguém para folhear as páginas lentamente e você é a mão e o olhar sempre atento buscando descobrir um pouco mais sobre mim.
Tempo e intensidade não caminham de mãos dadas tal como as lembranças e o passado. Por falar em passado hoje percebo o quanto ele nos ajudou até chegarmos aqui e termos uma conversa em meio a um suco, pasteis e refrigerante. E do passado o que vamos levar? Apenas o aprendizado e mais nada. 
Novo dia vem nascendo em nossas vidas na espera de novas histórias a serem vividas. Constante metamorfose que nos possibilita um recomeço e a certeza de que a felicidade está ali, sempre ali, bem mais perto do que imaginávamos. 
É preciso apenas coragem e disponibilidade juntamente com uma dose de sinceridade e de entrega. O que nos falta? Acho que nada! Vamos em frente de mãos dadas na espera do que o amanhã nos reservará!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ansiolítico


Surge assim inesperadamente e corrói por dentro. 
Acelera o coração, gela o estomago e as mãos. 
Atrapalha a respiração.
Muda o ritmo.
Muda a vida.
Muda o clima.
Muda o humor.
Deixa a vontade de fazer tudo.
Dá vontade de não fazer nada.
A mente precisa gritar.
A voz não sai.
Os pensamentos se embaralham.
O raciocínio se prejudica.
O corpo quer correr.
As pernas não obedecem.
Começo a tremer por dentro.
Perco a paciência.
Preciso de um alívio.
Preciso de algo.
Preciso saber lidar com isso.
Preciso não precisar.

domingo, 22 de julho de 2012

Pensamentos de travesseiro



Na maioria das vezes é no final da noite que as coisas começam a fazer sentido. Naquele momento em que deito minha cabeça no travesseiro e os pensamentos vão surgindo e indo para várias direções até que me vejo pensando em situação que não gostaria de pensar.
Penso em situações que resolvi deixar para trás e que agora consigo enxergar com outros olhos. Não me arrependo do que fiz e com quem convivi mas, se hoje fosse possível retornar no tempo eu faria tudo diferente! 
Não é possível retornar e apagar nossas vivências, o que posso fazer é aprender a lidar com tudo que já fiz e construir uma nova história hoje. Chega uma hora em que as memórias devem ser deixadas em alguma gaveta, bem lá no fundo, para que não fiquemos longos dias a nos torturar.
O bom da vida é que com nossos tombos aos poucos vamos nos tornando mais fortes e mais resistentes frente as adversidades e então encontramos meios de sobreviver em um mundo marcado pelo egoísmo e por pessoas limitadas.
Hoje eu entendo que voltar no tempo é o mesmo que sentir dor e então resolvo deixar meu passado onde ele deve estar. Vou deixar minhas memórias no mesmo lugar onde devem ter me deixado. Vou jogar fora tudo que me atormenta e ficar só com a parte dos ensinamentos que tiro de tudo isso.
Tenho capacidade de administrar minhas vivências e com isso me moldar sempre. Se nessa noite tenho vontade de molhar meu travesseiro com as lágrimas, chorarei com a certeza de que amanhã o sol nascerá com um belo espetáculo pondo fim a noite escura na qual me encontro. Apesar da imensidão do nascer do sol, só o percebe quem se atenta porque ocorre tudo de forma discreta e silenciosa, ensinando-me que não preciso me afirmar para ninguém para ser importante. 
Se minha noite está escura por que não focar meu olhar para as estrelas que ainda insistem em brilhar?

sábado, 21 de julho de 2012

Jázigo

Só temos uma certeza na vida e em certa proporção ela é incerta: vamos morrer. Nascemos para a vida e para a morte, somos ambivalência infindável na escala da existência. 
Jamais poderemos prever quando as pessoas ao nosso redor irão partir do nosso convívio. Ficaremos nós presos na incerteza e com isso limitar nossas oportunidades de ser feliz ao lado das pessoas importantes para nós?
Deixamos sempre para depois para demonstrar afeto e por vezes congelamos as emoções a fim de não sentir e experienciar sentimentos desagradáveis e com isso perdemos a chance de viver e se entregar de corpo e alma a felicidade. 
A vida passa como um breve suspiro, dura pouco ainda que pareça muito. Somos um grão de areia perdida na imensidão do infinito. Somos uma gota d'água mergulhada e camuflada nas profundezas do oceano da história. Somos um pingo de chuva a cair e molhar o solo por vezes seco das vivências.
Amanhã é tarde demais e o ontem nunca mais retornará. Tenho o hoje, o agora, esse instante. Dois segundos a frente não me pertencem. Sou um eterno recomeço no segundo que me é dado.
Por que não olhar  e dizer a verdade? Por que não tocar, abraçar e beijar enquanto tudo ainda está quente? Por quê? Por quê? Algumas perguntas nunca terão respostas e uma em especial só pode ser respondida por cada um sem que ninguém saiba da resposta do outro.
E quando tudo acabar teremos a paz se vivermos de acordo com nossas vontades. Se fomos livres, seremos livres também. É como olhar para o espelho e não enxergar além, mas, nesse dia veremos face a face. Contemplaremos a verdade como ela é, sem máscaras ou placas. Não haverá lágrimas, choro ou luto, só alegria, uma eterna alegria, porque tudo será infinito...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Flying for life


Se hoje fosse seu último dia de vida o que você faria?
Essa pergunta ecoa em mim de forma reverberante e me perco em tantas ideias que surgem em minha mente. São tantas pessoas, tanto lugares, tantas situações que torna-se difícil escolher o que fazer. Será que sei o que é essencial em minha vida? Até onde o supérfluo me invade nessa trajetória da existência?
Eu abraçaria as pessoas sem medo e de forma demorada. Abraçaria tentando levar um pouco delas comigo, levaria o amor, o aconchego, os momentos de riso e de diversão. Levaria o melhor de cada um em minha partida.
Colocaria minha música preferida e cantaria para o mundo ouvir que sou feliz apesar dos pesares e que a vida não parou nunca e mesmo assim eu consegui caminhar na minha própria existência. Dançaria ao som das notas ecoando ao vento e incendiaria o mundo, não com o medo do fim, mas com a certeza de missão concluída com sucesso.
Diria para algumas pessoas o quanto acrescentaram em minha vida e surpreenderia algumas com um sincero agradecimento por terem sido fundamentais em tantos momentos sem que ao menos percebessem. Pediria perdão para pessoas que magoei com minha palavras em momentos de raiva e perdoaria aquelas que me feriram mortalmente e acima de tudo me perdoaria pelas oportunidades que deixei passar e pelas situações em que não tive culpa mas mesmo assim assumi a culpa para mim.
Eu correria o mundo em um minuto e saltaria de paraquedas. Viraria estrelinhas na areia da praia e daria um mergulho profundo no mar. Escreveria uma frase para ser eternizada em um muro. Plantaria uma árvore e jogaria minhas lembranças ao vento.
E no final do dia eu sentaria em um lugar tranquilo para contemplar o pôr do sol. Nesse momento eu pensaria comigo mesmo: valeu a pena! E admiraria o sol tingindo o céu de vermelho e ir mudando sua tonalidade até que reste apenas um céu negro cravejado de estrelas que receberiam meu último suspiro. 
É, assim seria meu último dia de vida! Esse dia é um enigma que nos ronda, nunca terei certeza quando chegará, então por que não fazer tudo isso hoje?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Caixa de lembranças

Para que revirar o passado em busca de algo perdido? Qual motivo de mexer onde o tempo já passou e a história ficou para trás? A vida segue seu caminho sempre para frente, ainda que com suas repetições. O tempo jamais volta atrás, tempo vivido é tempo corrido e até mesmo perdido.
O mais incrível é que com o tempo somamos experiências e aprendemos que algumas coisas não são boas e por isso tentamos ao máximo evitá-las. As vezes nos enganamos e coisas que um dia foram desagradáveis podem se tornar positivas. É a vida com suas mudanças, com sua inconstância.
O passado é uma caixa de recordação escondidas dentro do armário da memória. Fica ali, guardado, silencioso, mas está ali presente ao ponto de não ser possível esquece-lo. Acredito que se esquecêssemos do passado não seríamos o que somos hoje, uma vez que somos formados por aquilo que lembramos do que já fizemos. Minhas experiências é que me moldam, mas, nem por isso, eu devo viver revirando o baú perdido de memórias.
É bom caminhar e não desistir jamais de lutar. Partir em busca de novos horizontes, novos amores, novos amigos, novos sabores. Não devemos abrir mão dos antigos, da bases e da essência, mas temos que nos permitir amadurecer e dar os próprios passos. Essa decisão custa muito! É muito fácil viver no comodismo da certeza do que arriscar por uma trilha desconhecida e ver o que ela resultará. 
Não devemos ser inconsequentes - é maturidade arcar com o resultado das escolhas - mas devemos permitir-nos em nossas ações. Arriscar, planejar, executar, imaginar e tanto quantos outros verbos que possam nos excitar a viver.
A vida passa, o passado fica para trás. Viver apegado a ele é perder tempo...esse tempo precioso que nos é concedido e que um dia será apenas um marco em um calendário. O amanhã está longe demais, embora seja alcançado a cada segundo passado, temos o hoje e mais nada e isso é o suficiente!

terça-feira, 3 de julho de 2012

O agora e o eterno

Tantas vezes na vida vamos nos distanciando do que realmente nos faz bem. Deixamos de lado pessoas, lugares por inúmeros motivos e com o tempo vamos percebendo o quanto aquilo faz falta para nós. Talvez um pouco de distância seja produtivo: só pela ausência que sentimos a falta! Desse modo, distanciar-se tornaria-se algo bom mas, - sempre há um mas - o segredo está na proporção em que a distância acontece.
Diz alguém que desconheço, que, "quem muito se ausenta uma hora deixa de fazer falta". Concordo e discordo ao mesmo tempo. A pessoa deixará de fazer falta na medida em que nunca der um simples sinal de vida ou de tanto ignorar aqueles que sentem a falta. Discordo ao pensar que se essa pessoa é realmente importante como não sentir falta?
Sentimos falta o tempo todo...habita em nós uma eterna nostalgia. Saudades do que um dia fomos, da infância com suas brincadeiras, da turma da escola, daqueles que já morreram. Sentimos a falta daquela música, daquele abraço, daquele cheiro e daquela voz. Falta, falta, falta...falta tanta coisa!
Ao mesmo tempo a vida é complemento e para que isso aconteça temos que deixar as coisa irem para que as novas cheguem. É saber crescer com as perdas e com isso valorizar o que realmente é importante. Entender que importância está longe de valor no sentido que a sociedade o concebe. Dar importância para a simplicidade e aproveitar os momentos de riso solto e aconchego em uma tarde contemplando o pôr do sol, vivenciar a oportunidade de escorregar em um morro de grama sentado em um papelão em um dia de domingo.
Hoje me dou conta de tudo que deixei para trás por querer e por não querer. Ainda tenho tempo de reconquistar e aproveitar os momentos em lugares importantes para mim e com pessoas especiais. Tenho o hoje e nada mais para sorrir e amar, cativar e conquistar, viver e saborear. Por que perder tempo? Por que não ligar agora para aquele amigo que se perdeu no tempo? Por que não ir agora para locais que um dia contribuíram para o meu crescimento? Por que? Por que?
Chega de dúvidas e de respostas! Vou viver a vida breve a mim reservada! Viver e entender que tudo passa mas de alguma forma algo sempre ficará em mim e então pensar que estou deixando algo na vida das pessoas que passam por mim e, com isso, lutar para deixar boas lembranças porque um dia apenas elas restarão.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não me olhe desse jeito

(Foto: Pérsio Souza - Galeria)
Olhos não mentem, olhos apenas dissimulam!
Se queres saber o que alguém realmente sente, olhe bem fundo nos olhos dessa pessoa. Encontre lá atrás a alma que grita no silêncio de um olhar aquilo que a voz não é capaz de dizer. Os olhos demonstram todas as emoções: brilham na felicidade, soltam lágrimas nos momentos de dores, tremem na hora do medo e fogem na hora da mentira.
Um olhar é tão revelador, basta que tenhamos disposição em olhar diretamente. Por mais que isso pareça um processo simples acarreta em uma grande coragem. Quando olhamos no olho de alguém deixamos exposto também nossas verdades e nos tornamos frágeis frente ao olhar que também nos olha.
Já me disseram algumas vezes que meu olhar é extremamente enigmático tornando-se incapazes de decifrar o que realmente sinto. Não sei por que isso acontece, não sei por que "faço" isso. Chega uma hora na vida em que a gente aprende a dissimular nossos pensamentos, sentimentos e até mesmo o olhar. Eu me permito muito em todas as circunstâncias mas preciso me limitar também para que minhas atitudes não sejam inconsequentes e com isso acabe ferindo quem não mereça.
Gosto de vivenciar os momentos e observar a fundo onde estou. Não sou desconfiado - muito pelo contrário - tenho minha convicção de que as pessoas sempre merecem um voto de confiança, apenas preciso saber como agir para que as coisas boas se sobreponham. 
Gosto de ser olhado bem no fundo e sempre torço para que desvendem meus enigmas, que retirem minhas defesas, que me conquistem! O olhar é um bom começo para isso! Ele não precisa de palavras enfadonhas ou de gestos exorbitantes. É silencioso, lento e demorado e vai fundo nos segredos da existência.
Hoje eu só te peço que olhe-me demoradamente sem desviar o olhar. Não tenha pressa em nada porque tudo acontece sempre na hora certa. Tenha coragem de desvendar meus enigmas e mistérios e então surpreenda-se comigo. Olhe onde ninguém jamais olhou, chega até onde poucas pessoas chegaram. Não fale nada, não se mova...apenas sinta e olhe.

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