Páginas

sábado, 21 de julho de 2012

Jázigo

Só temos uma certeza na vida e em certa proporção ela é incerta: vamos morrer. Nascemos para a vida e para a morte, somos ambivalência infindável na escala da existência. 
Jamais poderemos prever quando as pessoas ao nosso redor irão partir do nosso convívio. Ficaremos nós presos na incerteza e com isso limitar nossas oportunidades de ser feliz ao lado das pessoas importantes para nós?
Deixamos sempre para depois para demonstrar afeto e por vezes congelamos as emoções a fim de não sentir e experienciar sentimentos desagradáveis e com isso perdemos a chance de viver e se entregar de corpo e alma a felicidade. 
A vida passa como um breve suspiro, dura pouco ainda que pareça muito. Somos um grão de areia perdida na imensidão do infinito. Somos uma gota d'água mergulhada e camuflada nas profundezas do oceano da história. Somos um pingo de chuva a cair e molhar o solo por vezes seco das vivências.
Amanhã é tarde demais e o ontem nunca mais retornará. Tenho o hoje, o agora, esse instante. Dois segundos a frente não me pertencem. Sou um eterno recomeço no segundo que me é dado.
Por que não olhar  e dizer a verdade? Por que não tocar, abraçar e beijar enquanto tudo ainda está quente? Por quê? Por quê? Algumas perguntas nunca terão respostas e uma em especial só pode ser respondida por cada um sem que ninguém saiba da resposta do outro.
E quando tudo acabar teremos a paz se vivermos de acordo com nossas vontades. Se fomos livres, seremos livres também. É como olhar para o espelho e não enxergar além, mas, nesse dia veremos face a face. Contemplaremos a verdade como ela é, sem máscaras ou placas. Não haverá lágrimas, choro ou luto, só alegria, uma eterna alegria, porque tudo será infinito...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...