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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Diálogo

Olá meu amigo,
Há quanto tempo não temos uma conversa direta não é mesmo? Hoje resolvi parar um pouco e te dizer algumas coisas. Falar sobre a vida, sobre mim, sobre nós.
Esse ano a nossa relação passou por altos e baixos, me afastei de você deixando para trás toda nossa história, me esquecendo de tudo aquilo que vivemos. Dias nublados e conturbados, onde nada fazia sentido, onde o vazio predominava junto com o silêncio que fazia ecoar meu grito de socorro.
E então um dia acordei e resolvi largar de ser a criança mimada e retornei...e ali estava você me esperando de braços abertos...como sempre esteve. E eu, tal como filho pródigo recebi o abraço de misericórdia, de saudade, de aconchego.
E nossa relação se fortificou ainda mais...Aprendi que com apenas um olhar você me entende, sabendo me dar as respostas que sempre busco. E seu olhar me modifica, me transforma, me faz melhor do que sou. E aprendi também o quanto posso contar com você nos meus momentos de alegria e principalmente nos momentos de escuridão da minha vida.
Eu me recordo daqueles dias em que minha vida havia perdido o chão e você me sustentou. Foi você que guiou meus passos quando eu não sabia para onde ir e tal como em Emaús me fez perceber que caminhava comigo o tempo inteiro.
E hoje estou aqui, meu amigo, para te dizer o quanto tem sido importante estar com você durante toda minha vida. Sei que é você que me conhece no som e no silêncio, na alegria e na tristeza e me entende mesmo quando ninguém mais tem essa capacidade.
Obrigado por me ajudar a ser quem eu sou hoje e por me mostrar que jamais é tempo de desistir...porque a vida é um eterno recomeçar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cantiga

Celebro hoje os caminhos que andei
E as pessoas que me acompanharam
Canto à vida em suas dissonâncias
Canto aos amores que conquistei
Celebro hoje o primeiro passo após o tombo
A força e a vontade de recomeçar
Ergo um brinde a quem eu sou
E a capacidade de me entregar

Brindo aos amigos e à familia
E agradeço aos céus pelos momentos vividos
Entrego meu sorriso e meu afago
E beijo as mãos que um dia me levantaram
Danço ao som da chuva sem medo de me molhar
Me entrego ao ritmo que embala meus passos
Caminho lentamente, atentamente
Sem ter pressa de chegar

(Leonardo Barros, 13/12/2011, 17h24)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Trilhos

Anuncia-se o falecimento da fantasia! É hora de enterrar idealizações e conviver com a realidade tal como ela é. Foi-se o tempo de fazer um cavalo de uma vassoura e uma espada de um bastão, é hora de aceitar que cavaleiros dispostos a salvar o mundo não existem, pelo menos não em suas armaduras reluzentes.
Ouço a voz a ecoar dizendo que o fim está próximo e que é preciso endireitar os caminhos, sem atalhos, sem trilhas falsas pelo caminho. Tenho que continuar na estrada determinada vislumbrando a paisagem e curando as feridas dos meus pés cansados.
E quando todas as estações passarem diante dos meus olhos e o frio se anunciar dentro de nós eu saberei que este será o momento. Entenderei que ausência se constrói também em presença e que silêncio pode ser encontrado até mesmo em meio a uma multidão de vozes. 
E que as feridas se cicatrizem lentamento ensinando que na vida é preciso muita paciência em todos os momentos. Paciência a ponto de esperar independente do tempo que for preciso, sem se martirizar pela demora do ponteiro do relógio que não faz o sino badalar.
Deixo aqui minhas últimas palavras para a fantasia e o meu adeus para minhas e suas máscaras. Deixo aqui o meu olhar de adeus e meu último pulsar do coração. Deixo a lágrima cair e o desejo de que ela regue a semente de uma nova vida. 
Está na hora de partir nesse trem da vida!
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