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sábado, 30 de junho de 2012

Os porões da vida

Olhe ao seu redor e veja quantas coisas possui e quantas são realmente necessárias para sua vida. Temos o péssimo hábito de armazenar objetos supérfluos que só ocupam espaço e em nada acrescentam para nós.
Experimente abrir seu guarda roupa e veja quantas roupas estão ali há tempos sem que você tenha usado-as ao menos umas três ou quatro vezes no último ano. Guardamos, entulhamos, nos prendemos.
Vamos ocupando nosso espaço com objetos rodeados de falsas sacralidades talvez com a ideia ilusória de que desse modo as coisas continuarão seguras e sempre ao nosso alcance. Tolo pensamento! Quanto mais entulhos guardamos, mais difícil de encontrar algo que realmente é importante e necessário em meio a tanta bagunça.
Nosso mundo exterior nada mais é do que a projeção da nossa interioridade. Reproduzimos aqui fora tudo que está acontecendo com nossos pensamentos e sentimentos e isso é tão evidente que quando acordamos dispostos a mudar de vida, o primeiro passo reflete-se no exterior, mudamos o cabelo, a decoração do quarto e da casa, faxinamos.
É nossa necessidade de sempre encontrar uma forma de dizer ao mundo o que está acontecendo. Já dizia um autor muito conhecido que "quando a boca se cala, as pontas dos dedos falam". Só nos atentarmos para esses pequenos gestos a fim de compreendermos a fundo os nossos conflitos e desejos.
É preciso que nos desapeguemos de tantas coisas inoportunas. É necessário parar e tirar tudo do lugar e filtrar o que é importante e o que só tem feito volume na nossa vida. Mantenha perto do si sentimentos, objetos e pessoas que realmente acrescentam algo na sua existência e afaste de você tudo aquilo que não tem qualidade ou motivos para estar ainda presente de alguma forma.
O apego é uma arma que fere somente a nós, é um revólver apontado para nossa própria cabeça e que quando disparado só nos ferimos por não poder contemplar o sabor da liberdade. Deixe livre tudo o que lhe pertence e em primeiro lugar deixe-se viver em liberdade, deixando o passado para trás e desocupando espaço para novas experiências. A vida é uma eterna dúvida, portanto, viva e permita-se...o tempo passa rápido demais para carregarmos pesos sem razões. Liberte-se hoje dos grilhões da escravidão mental e do apego. 
Seja livre, seja você, seja feliz...sem que para isso seja necessário armazenar entulhos nos porões de sua vida.

domingo, 24 de junho de 2012

O livro dos dias

Olho para trás e vejo tudo que vivi e diferentemente de outras época eu agora sei sorrir para todas essas experiências anotadas no livro da minha vida. São páginas e páginas preenchidas mas que olhando para o tanto de páginas em branco o número se torna pequeno, quase nada na imensidão de coisas que ainda viverei.
Cada segundo passado é tempo perdido? Depende! Posso aproveitá-los como os últimos da minha vida ou simplesmente passar o dia trancado em meu quarto escuro. Tempo perdido é aquele em que nós nos perdemos de nossa essência. Tempo perdido é aquele em que permitimos que as pessoas nos suguem e nada acrescentem. Tempo perdido é se lamentar pelo tempo perdido...
Hoje abraço a vida e me entrego sem medo. Não tenho asas mas posso voar longe, até onde eu quiser! Hoje nada mais me prende, rompi minhas correntes invisíveis e sou feliz em todos os meus pormenores. Não tenho medo de olhar e ser olhado e nem de correr em busca dos meus objetivos.
Ainda guardo aqueles papéis cheios de letras e não me torturo lendo ou relendo. Fica ali, em meio a tantas outras histórias para que eu me lembre a cada vez que me esquecer: eu posso muito mais! Fiz tudo que deveria ter feito e saio de cabeça erguida.
As lágrimas já não pesam mais a ponto de cair dos olhos a todo momento. Chorar agora? Só se for de alegria!
Ando de mãos dadas com a liberdade e isso me leva além de tudo que as pessoas possam imaginar. Me permito a cada minuto ser eu mesmo e isso não vai mudar nunca mais. Sei quem sou, o que quero e onde pretendo chegar e não tenho pressa...tenho ainda muitas páginas para escrever.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Snowball

(Foto: Lucas Era)

Arraste sua cadeira para perto de mim que hoje preciso conversar com alguém. Tem dias em que a solidão dói na alma e hoje é um destes dias. Me sinto sozinho e isso me incomoda. Preciso de companhia e de presença desde que tudo tornou-se ausência.
Me dê suas mãos que estou precisando de um ponto de equilíbrio. Tem horas que minhas pernas ficam bambas e perco o chão, em outros momentos me vejo caído e sem forças para levantar. Estenda suas mãos e me segure firme junto a você para que eu não caia mais.
E estou precisando apenas de um abraço quente em meio a noite fria que minha alma se encontra. Um abraço longo, sem pressa de acabar. Um abraço com sentimento de partida, daqueles que fica até difícil respirar de tão apertado. Quero alguém que me torne ainda mais forte com esse abraço e que no fim me olho fundo nos olhos e me diga que tudo isso já está passando e que o passado ficou para trás.
Enterrei tudo que restou, mas, tem horas que os fantasmas insistem em nos assombrar. Não tenho medo dessas lembranças, não doem mais. Só não quero ser sugado por esse ressentimento, preciso me libertar e libertar tudo isso de dentro de mim. Só assim seguirei em paz comigo mesmo.
Uma conversa resolveria tudo? Não sei de mais nada. Eu tentei tanto e até além do suportável mas você sempre riu. Você nunca quis me ligar no meio da noite para ver se eu tinha conseguido dormir ou se tinha acordado chorando sentindo sua falta. Você nem "oi" falou quando me viu, nem por educação. Fingiu não me conhecer, fingiu que eu não existia, fingiu que eu não estava ali. Talvez fingir seja a única coisa que você saiba fazer...quando você foi sincero comigo?
Não quero mais respostas e nem certezas, quero apenas um abraço verdadeiro de alguém que de fato importe-se comigo. O inverno chegou e a solidão vem gelada como o vento cortando meu coração...hoje é noite de deitar e chorar escondido embaixo do cobertor...sozinho...sozinho...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A melhor parte de mim

Hoje resolvi falar de algo difícil embora seja muito simples. Uma vez ouvi que quando algo alcança um limiar muito alto de importância em nossas vidas, podemos falar por horas e horas que palavra alguma conseguirá expressar o que sentimos.
Quero falar de amizade, mas de amizade verdadeira. Nada de "coleguismo" ou "conhecidos". Nada de falar sobre essas pessoas que você conhece em uma fila de banheiro e que no dia seguinte se tornam seus melhores amigos, como se já se conhecessem há anos. Estou falando de sentimentos reais e verdadeiros, de lealdade, fidelidade e nobreza.
Sentimentos e vínculos duradouros são construídos com o tempo. Se quiser conhecer uma pessoa, coma um saco de sal com ela. Só o tempo mostra o que realmente é verdadeiro e o que as pessoas escondem por trás da aparência. Então, o primeiro passa para construir uma amizade é a convivência e não a conveniência! Amigos de conveniência, isso se puderem ser chamados de amigos, estarão com você por breves momentos  ou pelo tempo que durar a ilusão de que estão sendo felizes.
Amizade verdadeira é como um casamento. Estão com você na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, TODOS OS DIAS DE SUA VIDA! Você só conhecerá um amigo de verdade quando ele se alegrar com sua vitória mas principalmente quando ele estiver ao seu lado no momento de maior dor, quando você não der motivos algum para ser amado, quando todos virarem as costas pra você.
Amigo de verdade te liga no meio da madrugada para passar trote mas te atende também quando você perdeu o sono e precisa simplesmente conversar com alguém. Amigo de verdade tira sarro da sua cara quando você cai no meio da rua mas é o primeiro a estender a mão para te levantar quando os tombos da vida te derrubam.
Amigo de verdade ri com você mil vezes da mesma piada e enxuga suas lágrimas mais de mil vezes quando te fazem chorar. Amizade verdadeira é aquela onde divide-se tudo, as histórias, os segredos, as contas. Não há lugar para mistérios, para intrigas...Fala-se a verdade, face a face, sem medo.
Porque como diria um Livro muito importante, "quem encontrou um amigo descobriu um grande tesouro". Eu tenho precioso tesouros em minha vida e não abro mão deles por nada. E sei que nem o tempo, nem distâncias, nem mudanças...nada mudará isso. Porque temos o poder de eternizar dentro de nós o que é verdadeiro e eu escolhi eternizar vocês...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Além do horizonte

Estou aqui sentado contemplando essa bela paisagem com os pensamentos voando no céu como pássaros que migram e voltam, como nuvens que se desenham e se transformam logo em seguida, como a água que vai correndo lentamente escondendo segredos em suas profundezas.
Silêncio quebrado apenas pelo som das águas e em alguns momentos pelo som dos galhos de uma árvore balançando. Silêncio que me leva a escutar o que meu coração me diz em suas batidas e me deixa face à face com a verdade. 
E então olho para o horizonte onde água e céu se encontram e penso em como isso acontece tão distante e tão próximo ao mesmo tempo. Se caminharmos em direção ao horizonte na tentativa de alcançá-lo nunca conseguiremos porque quanto mais perto mais distante ele se torna. Isso é motivo para deixar de ir em direção daquilo que nos motiva?
O horizonte me instiga a levantar e caminhar em direção do que desejo, sem ideia de perdas ou ganhos, sem pressa de chegar. O primeiro passo é caminhar seja por pedras, águas, estradas ou pela vida, mas não parar de ir atrás dos meus objetivos por medo ou por qualquer outro motivo.
Percebo o quanto sou livre e quantas correntes invisíveis me prenderam durante esses últimos tempos, mas agora é uma nova história, vivo por mim e me permito. Nesse processo de permitir-me percebo o quanto ainda tenho a viver e quantas boas a mim estão reservadas. Oportunidades e pessoas chegando me dando ainda mais motivos para recomeçar.
Sorrisos numa madrugada que me fortificam. Um abraço apertado na chegada traduzindo o tamanho da saudade. Mãos dadas que me guiam no caminhar pela cidade sentindo o vento no rosto com direito a um beijo roubado após o beijo da despedida.
É isso e tudo mais. As minhas experiências tentaram me tornar frio e calculista mas não desligarei meus sentimentos e deixarei de viver as coisas boas que tenho direito por medo do sofrimento. Me permitirei sim...tudo ao seu tempo, sem pressa, com calma. As coisas acontecem espontaneamente e com isso vamos temos mais segurança para continuar caminhando em direção ao horizonte.
Vou caminhar e persistir em busca da minha felicidade, mas tenho a leve impressão que um dos motivos para isso está bem perto...já posso tocar e sentir...quero mais, muito mais!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Máquina do tempo

Seria tudo tão simples se tivéssemos uma chave que desligasse tudo no momento em que desejássemos. Seria simples, fácil e rápido. Mas...o que aprenderíamos se a cada frustração evitássemos viver o momento e tirar algum aprendizado com ele?
De que adiantaria não sentir nada e com isso ir se iludindo cada vez mais numa fantasia de viver algo. Teríamos lembranças?
Lidar com lembranças as vezes dói, mas por outro lado faz com que tiremos a lição de não repetir alguns erros. Não sei se erro é a palavra certa para ser usada, mas é a única que encontro nesse momento. Certo e errado são conceitos tão relativos na minha vida.
Se o mundo parasse de tentar dizer o que é correto e o que é incorreto os conflitos diminuiriam tanto! As pessoas teriam mais liberdade para viver e ser quem de fato são, sem se preocupar com a imagem que estão passando para o mundo.
Talvez seja esse o grande segredo, viver sem pensar no que os outros pensam a nosso respeito. Tenho colocado isso em prática nos últimos tempos e tenho tido bons resultados. Por tanto tempo me importei com a construção da minha imagem social e esqueci da minha identidade e hoje vejo o quanto isso foi tempo perdido.
Ilusões de uma falsa existência. Não quero saber disso nunca mais! Quero ser eu mesmo com minha ideias, atitudes e arcar com as consequências disso. Quem me ama de verdade estará comigo sempre em qualquer circunstância. Não tenho motivos para desligar meus sentimentos e minhas lembranças, pelo contrário, tenho motivos de sobra para ser quem sou! 
Quer me dar as mãos e andar ao meu lado? Venha...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ser não sendo.

Confusão...essa tem sido a palavra que define minha vida nas últimas semanas. O complicado é quando a gente não percebe que se perdeu de tudo e foi pra bem longe das origens e quando nos damos conta estamos longe, tão longe, que é melhor continuar do que voltar.
O tempo está passando e mais uma vez a data se aproxima. Agora já consigo lidar com as lembranças que restam em minha mente e dói ainda, mas, não na mesma intensidade de antes. As lembranças externas eu apaguei, me desfiz de tudo, escondi no fundo do armário longe do meu alcance. E você sumiu também e não sei para onde, com quem ou quando. Só sei que cansei de ficar aqui sentado esperando por uma resposta, por uma explicação e um pedido de perdão.
Silêncio que na madrugada é cortado por um grito de liberdade, de tristeza, de alegria, de esperança, de desapego, de recomeço. Grito aos quatro ventos que ainda continuo aqui e tenho direito a ser visto mas que para que isso aconteça preciso me olhar e então me perguntar: QUEM SOU EU?
Hoje eu já não sei responder quem sou! Depois de anos construindo minha identidade sou jogado contra a parede e vejo que eu não sei na verdade quem eu sou! Sei o que estou sendo, mas tudo muda de um dia para outro que amanhã não serei o mesmo de hoje.
Fico feliz, ao menos estou sendo e não representando. Enfrento a vida de frente e encaro meus anjos e demônios. E tenho humildade em reconhecer minhas falhas e buscar ser melhor. Sem fantasias, sem máscaras, sem ilusões. 
Sou um confuso, uma construção sem fim, o racional, o humano.

domingo, 10 de junho de 2012

Ala psiquiátrica

Foi estranho olhar para um lugar cheio de significados para mim e perceber que os bancos estavam vazios, que as mãos estavam sozinhas e que havia somente lembranças e mais nada. Estranho é a unica palavra que encontro para descrever o que senti em meio aquele gélido lugar.
O vento batia em minha face me lembrando que ainda posso sentir alguma coisa. Se não sinto seu carinho e seu cheiro mais aqui, sinto o vento me tocando e dizendo: "ei, a vida continua". Aprendo a doce lição de me jogar ao vento e deixar a vida me levando e trazendo suas surpresas agradáveis e desagradáveis...aprendizado, é o que ficou de tudo isso.
Me torno repetitivo ao dizer isso tudo mas preciso me convencer do que digo. Preciso dizer a mim mesmo quantas vezes forem necessárias: posso seguir em frente. Não quero entrar em um discurso narcísico e dizer que eu basto a mim mesmo. Somos sociais por essência e isso que nos humaniza. 
Foi loucura? Não sei! Dei voz a loucura em um sábado gelado e então percebi as loucuras que fiz em minha vida por tanto tempo. Não me arrependo. Ser inconsequente é bom em alguns momentos. Discordo de quem diz que a loucura não pode andar de mãos dadas com a razão porque nossa própria racionalidade nos torna loucos em tantos momentos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lápide

E quando a morte depara em nossa frente é que olhamos para nossas atitudes. Então paramos para pensar em tudo que estamos vivendo e em tudo que deixamos de fazer. Pensamos nas pessoas que estão ao nosso lado e aquelas que já se foram há tempos.
Por mais que a morte seja a única certeza que temos, de algum modo não estamos preparados para dar as mãos à ela. Vivemos iludidos com a imortalidade e não nos preocupamos em resolver tudo aquilo que nos propomos a fazer. Somos prepotentes mesmo sendo frágeis e completamente limitados.
Dificil é olhar para trás e ver que guardamos um ressentimento de alguém. Saber que nos machucaram tanto e tanto que as feridas já cicatrizadas nos fazem lembrar de tudo que sofremos e que já não resta dor, apenas mágoa. 
Não estou falando em mágoa de desejar o mal ou a morte. Falo de um ressentimento que fera a alma e cuja a única vontade é poder olhar no olho de quem magoou e dizer: eu preciso que você me explique para que eu possa te perdoar. Eu preciso que você me dê motivos para me libertar desse sentimento que tanto me atormenta.
Não quero guardar nada de você, nem lembranças e muito menos mágoas. Quero reter só o que aprendi: que posso amar, posso ser amado, posso me permitir ser fraco porque sou muito forte. Ter sempre em mente que nada é eterno, nem pessoas, nem lugares, nem amores ou sabores.
Tudo passa, tudo passará...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Metamorfose II

Quem sou eu? O que tenho vivido? Para onde estou indo?
Me pergunto isso diariamente e nem sempre consigo responder. Ser algo é limitante e não sou limitado a ponto de não me transformar. A cada dia tenho a oportunidade de mudar meus conceitos e minha história e de certa forma isso acontece sempre. Me renovo em um abraço e um sorriso, me transformo com as experiências que adquiro e com as pessoas que passam por minha vida.
Minhas ações dizem muito do que sou, ou não...As vezes fazemos coisas que não era o que gostaríamos de fazer. As vezes dizemos palavras que não expressam o que sentimos. As vezes mentimos, amamos, odiamos, perdoamos, esquecemos. As vezes não fazemos nada. Momentos!
Minha vida é um eterno espetáculo sem ensaios. Não terei outra chance de subir do palco e me apresentar novamente. Tenho o aqui e o agora. Tenho meu atos com direitos a erros e acertos. Sou eu o diretor, o ator e o escritor! Sou eu nesse monólogo infinitamente breve cujo roteiro não sei qual é. 
Devo viver, me transformar e buscar ser melhor! Estou longe da perfeição e não é isso que busco. Quero apenas a simplicidade de enxergar as coisas boas da vida sem que para isso seja preciso comprar sentimentos. Quero entrega, vivências, lealdade e coragem. Quero me transformar a cada queda, a cada recomeço, a cada dia. Quero ser essa metamorfose infindável e ser aquilo que desejo, sem medo e sem remorsos. Quero ser apenas eu mesmo e mais nada!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Orla

"Não temos tempo a perder" já dizia um cantor perdido no tempo. Realmente não temos tempo a perder porque a vida é breve e enigmática. A vida é imprevisível e  por mais que façamos planos de um futuro estamos fadados a lidar com os imprevistos que o caminhar implica.
Tive um sonho em que uma cega me guiava. O futuro é isso! É uma pessoa cega a nos guiar pelas mãos por caminhos que desconhecemos mas que só chegaremos se caminharmos.
Nesses últimos dias eu refleti muito sobre a vida e qual surpresa eu tive ao ver que elaborei tudo que me atormentava. Chega de vestir preto nesse luto dolorido, chega de chorar rios de lágrimas ácidas, amargas e silenciosas.
Cheguei em casa finalmente e já não me importo com notícias que em nada acrescentam para mim. Já não me importo também com quem muito espera de mim mas pouco faz para me ajudar. Agora é hora de ser feliz e viver tudo aquilo que a mim é permitido.
Voltei, me abracei e me encontrei. Sou o mesmo porém diferente! Estou mais forte, equilibrado e com novos projetos. Recomecei...
Minha história será longa, ou não, não sei...Mas será intensa, porque tempo e intensidade não caminham lado a lado. Tenho a capacidade de eternizar situações em mim e com isso tenho a capacidade de decidir o que será eterno. Eternizei um nascer do sol que tive a oportunidade de contemplar esse final de semana.
Eternizei a vida ressurgindo lentamente com suas cores refletindo sobre a água que lava e purifica. Eternizei a vontade de viver e buscar minha felicidade por esses caminhos desconhecidos. Eternizei a capacidade de ser resiliente e me permitir novamente. Eternizei o recomeço...
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