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domingo, 10 de junho de 2012

Ala psiquiátrica

Foi estranho olhar para um lugar cheio de significados para mim e perceber que os bancos estavam vazios, que as mãos estavam sozinhas e que havia somente lembranças e mais nada. Estranho é a unica palavra que encontro para descrever o que senti em meio aquele gélido lugar.
O vento batia em minha face me lembrando que ainda posso sentir alguma coisa. Se não sinto seu carinho e seu cheiro mais aqui, sinto o vento me tocando e dizendo: "ei, a vida continua". Aprendo a doce lição de me jogar ao vento e deixar a vida me levando e trazendo suas surpresas agradáveis e desagradáveis...aprendizado, é o que ficou de tudo isso.
Me torno repetitivo ao dizer isso tudo mas preciso me convencer do que digo. Preciso dizer a mim mesmo quantas vezes forem necessárias: posso seguir em frente. Não quero entrar em um discurso narcísico e dizer que eu basto a mim mesmo. Somos sociais por essência e isso que nos humaniza. 
Foi loucura? Não sei! Dei voz a loucura em um sábado gelado e então percebi as loucuras que fiz em minha vida por tanto tempo. Não me arrependo. Ser inconsequente é bom em alguns momentos. Discordo de quem diz que a loucura não pode andar de mãos dadas com a razão porque nossa própria racionalidade nos torna loucos em tantos momentos.

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