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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ser não sendo.

Confusão...essa tem sido a palavra que define minha vida nas últimas semanas. O complicado é quando a gente não percebe que se perdeu de tudo e foi pra bem longe das origens e quando nos damos conta estamos longe, tão longe, que é melhor continuar do que voltar.
O tempo está passando e mais uma vez a data se aproxima. Agora já consigo lidar com as lembranças que restam em minha mente e dói ainda, mas, não na mesma intensidade de antes. As lembranças externas eu apaguei, me desfiz de tudo, escondi no fundo do armário longe do meu alcance. E você sumiu também e não sei para onde, com quem ou quando. Só sei que cansei de ficar aqui sentado esperando por uma resposta, por uma explicação e um pedido de perdão.
Silêncio que na madrugada é cortado por um grito de liberdade, de tristeza, de alegria, de esperança, de desapego, de recomeço. Grito aos quatro ventos que ainda continuo aqui e tenho direito a ser visto mas que para que isso aconteça preciso me olhar e então me perguntar: QUEM SOU EU?
Hoje eu já não sei responder quem sou! Depois de anos construindo minha identidade sou jogado contra a parede e vejo que eu não sei na verdade quem eu sou! Sei o que estou sendo, mas tudo muda de um dia para outro que amanhã não serei o mesmo de hoje.
Fico feliz, ao menos estou sendo e não representando. Enfrento a vida de frente e encaro meus anjos e demônios. E tenho humildade em reconhecer minhas falhas e buscar ser melhor. Sem fantasias, sem máscaras, sem ilusões. 
Sou um confuso, uma construção sem fim, o racional, o humano.

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