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domingo, 28 de novembro de 2010

Fugindo de mim


Se eu fugisse de mim e dos meus próprios medos, quem sabe a realidade seria diferente. Vontade não falta de criar um mundo aleatório onde a dor não pudesse chegar, e as confusões da vida fossem simplesmente alguns fatos que se perderam na estrada que escolhi para seguir a minha vida.
Ah, se hoje eu pudesse ver os olhos que me trazem paz, se não houvesse angustia invadindo meus pensamentos, se não existissem magoas ou feridas abertas em meu peito. Seria tão bom se a vida seguisse sua rota sem grandes dificuldades.
Pudera eu caminhar tranqüilo numa tarde, contemplar o por do sol e conseguir enxergar a mesma beleza de antigamente. E a vida segue sem rotas, provando mais uma vez que não somos senhores dos nossos destinos, e que por mais que criemos planos, nunca poderemos controlar o futuro.
Somos apenas andantes perdidos por essas estradas tortuosas.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Passos para o infinito

E a vida se torna uma grande correria, mas sem a tranquilidade de antigamente...
Espero voltar em breve.


sábado, 20 de novembro de 2010

Édipicos

E você sai um dia de casa e tem a noite mais estranha da sua vida. Vai entender esses contratempos...
Uma noite regada a Legiao Urbana, confissoes e complexos.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

17º Retiro da Aliança



Há alguns meses começamos a preparação para este Retiro. A equipe toda estava esperando por ele há tempos. Começamos os trabalhos sem saber quem viria e o que encontraríamos aqui. Aguardávamos ansiosos por estes dias onde as pessoas poderiam se encontrar com Aquele que nos chama pelo nome.
Na semana véspera o trabalho foi dobrado. Tardes fazendo compras, carregando coisas, indo pra lá e pra cá. E o grande dia finalmente chegou. A equipe se encontrou um dia antes para organizar tudo, e também pra matar a saudade.
No domingo de manha, lá estávamos nós celebrando e agradecendo a Deus por todos aqueles que nos esperavam lá fora. E quando os vimos o coração bateu mais forte. O que traziam? O que buscavam? Por que estavam ali? Não sabíamos. A única certeza é de que estavam no lugar certo, no momento certo para a vida deles.
E assim o 17º Retiro da Aliança aconteceu!
Cada pessoa com sua historia foi importante para o sucesso dele. Cada momento, cada olhar, cada sorriso e até mesmo as lagrimas. Porque quando não encontramos palavras pra expressar o que sentimos nos restam as lagrimas, capazes de curar muitos corações.
E eu agradeço a Deus, por esta realização, e peço que as pessoas que Ele colocou em minha vida permaneçam por muito tempo. E que esta aliança de amor esteja sempre em nossos corações.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poeta sem palavras


E quando as palavras somem para onde o poeta corre?
Ele que aprendeu que a vida sempre pode ser descrita em seus versos, melódicos. Nos mesmos versos onde por tantas vezes dividiu emoções, exteriorizou tristezas, chorou por seus amores e cantou a alegria de ter sobrevivido. Nos versos onde por vezes se escondeu atrás do eu – lírico, usando a mascara mais oportuna para seu momento.
Em seus poemas poderia ser quem quisesse. Não havia gêneros nem formas. Não havia nada que o prendia. Eram apenas palavras combinadas com as outras que por vezes tocavam outros corações.
Mas hoje, sem conseguir encontrar as palavras, o que pode fazer o nosso poeta? E quando ele se cala, no silencio do seu coração escuta o que escrever, mas é como se ao traduzir em palavras faltasse o principal.
Então o poeta silencia, dando um tempo para ele e para a vida. Esperando a hora em que emergirá novamente do silencio que habita seus versos, e do vazio que predomina em suas anotações.
É apenas um poeta que esqueceu como se escreve...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sapatos velhos


Assim como aquele sapato velho que andou por tantos lugares, sustentando uma historia ajudando a trilhar os caminhos que meus pés resolveram seguir, hoje me vejo cansado em meio as pedras que tenho que andar na minha vida.
Às vezes demoramos tempo demais pra perceber que pegamos à estrada errada, indo pra longe da nossa essência. Sei lá, se o certo realmente é certo ou se o errado é só vitima de preconceito. Já não sei qual a lógica que rege a vida, se é que existe uma. Quem sabe no fim tudo não passa de um grande sonho que em momentos se tornam pesadelos.
Ontem na aula de Processos Psicológicos Básicos I, a professora disse que o pesadelo é a forma que o organismo encontra de manter tudo funcionando quando vamos dormir com o estomago cheio, é necessário passar por um sonho não agradável para que a digestão ocorra e não tenhamos alguma complicação.
Quantas vezes sofremos por não aprender a digerir as coisas. Vamos guardando raiva, inveja, falta de perdão, e isso só vai nos levando a tormentos cada vez maiores, num ciclo vicioso onde a fantasia predomina, mas nunca dormimos em paz, pois os pesadelos vem nos mostrar que ainda existe muita coisa pra ser resolvida antes de deitar a cabeça no travesseiro pra tentar dormir. Só dorme em paz, quem vive em paz.
E o sonho nos leva para lugares onde não podemos ir acordados, pois, os nossos sapatos velhos já estão cansados ou nos prendemos em alguma pedra da vida, amarrados ao passado e ao nosso orgulho. E trocar de sapato não resolve nada, porque a vida não é tão simples assim, é preciso caminhar mesmo quando já não temos mais forças pra andar.

domingo, 7 de novembro de 2010

Silêncio do tempo


E da mesma forma inesperada com que se conheceram tudo acabou também. Os dois ainda olham as fotos e o que sobrou da historia. As palavras, as musicas, o presente não entregue e as cartas. As fotos são as lembranças que mais ferem. E ate mesmo quem resolveu colocar um fim na historia sente o mundo girar quando vê que a vida prossegue, mas num ritmo diferente.
E pensar que uma hora vão se cruzar em algum lugar e já não vai dar mais pra evitar o olhar que precisa dizer algumas coisas. E ver sem poder tocar na pele que um dia se buscou. Quem sabe sorrir sem poder beijar a boca que tinha sede da outra. E querer abraçar mas ter que distanciar.
A vida tem suas ironias, vai entendê-las. Mas ironias em alguns momentos são marcas da sinceridade. Dizer a verdade pode ferir um coração, mas não fere tanto quando uma mentira mal contado. Um precisou ser verdadeiro quanto aos sentimentos e entender que mesmo quando se ama é preciso respeitar o sentimento do outro, e que por mais que a dor parece ser intensa no começo, com o tempo a gente se cura.
As cicatrizes são sinais para nos lembrar que um dia algo nos marcou, e que marcas são feitas na alegria e na tristeza. E tentar negar os próprios sentimentos não ajuda a curá-las.
De certa forma os dois assumiram seus sentimentos, cada qual com sua intensidade. Um aprendeu que o mundo às vezes é mais complexo de que seus próprios pensamentos e que distancias não são capazes de esfriar corações.
Um jurou pra si mesmo que escreveria uma nova historia, longe de tudo isso, mas outro diz que não é possível abandonar a historia da própria vida. É tudo questão de aprendizagem. É tudo questão de recomeço.
E a carta ainda está guardada no mesmo lugar, as musicas são ouvidas ainda. Tudo agora sob um novo olhar, a única coisa que incomoda é o silencio constrangedor que existe quando os dois tentam se falar. Bom, quando as coisas atingem determinado grau ou ainda não encontraram significado, não existem palavras que falem melhor do que o silencio. E é isso que um ofereceu ao outro. Não o silencio da indiferença, mas o silencio do tempo.


"O silêncio da morte é enorme, o do meu coração maior ainda"
(CARVALHO, N. L.)

sábado, 6 de novembro de 2010

Uma noite fria


E foi assim como naquela tarde em que contemplei o sol partindo que vi você indo pra longe de mim. E foi lentamente, deixando sua marca no céu. No inicio ficou vermelho sangue e foi perdendo o brilho aos poucos, escurecendo..partindo pra um outro lugar iluminando outras pessoas.
E hoje sentado na esquina vi você passar apressado do outro lado da rua, e não tive coragem de gritar o seu nome. É amigo, o tempo passa e a gente se dá conta de como as pessoas se transformam...sempre no que querem, mas em constante transformação.
De certa forma fico feliz de saber que você está batendo suas asas sozinho, mas espero que um dia possamos sentar em alguma calçadas numa noite fria e falar sobre a vida como nos velhos tempos. É disso que sinto falta, do calor que sentia mesmo com o vento gelado batendo no rosto.
Vá menino crescido, dê seus passos em busca da felicidade. Crie, inove, apareça. Mas não se esqueça aqui nessa selva ainda existe um leão que as vezes se sente solitário e contempla o pôr do sol para relembrar da época em que juntos buscávamos a iluminação exata em nossas vidas.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Apagando velas


Essa foi a primeira vez em que você não esteve em meu aniversario e nem no seu. Ontem me lembrei de quantas vezes fui pro Paraná para que dividíssemos os parabéns. Lembrei quantos primeiros pedaços de bolo você recebeu de mim.
Ontem quando cantaram parabéns, eu vi que faltava alguém ao meu lado. Senti o tamanho do seu vazio, e não ouvi o barulho de suas palmas. Silencio, e mais silencio.
Hoje o céu ficou negro, choveu e o sol se escondeu. Não há beleza na sua ausência. Não há mais alegria no dia em que comemorávamos sua existência. Você se foi, mas ficou de tantas formas aqui.
A saudade é uma pessoa...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um poeta perdido

Um dia ele apareceu nos meu contatos de msn, vindo sabe-se lá de onde. Hoje tentei ensinar alguns acordes à ele. É um aluno aplicado e tem uma gargalhada tragica!
Sei que se chama Paulo Vinicius, mas nao sei quem é, nem o que faz. Só sei que achei legal passar a tarde vendo ele esticando os dedos, vencendo os proprios limites com um violao na mao. Ah, sei tambem que ele gosta de falar sobre a vida e seus contratempos.
Vai entender esse mundo pequeno...
Bom, por enquanto só sei que ele me deve pela aula!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Noite escura

Quando as luzes se apagam na noite escura, ele fecha os olhos para que os pensamentos o levem para o lugar onde gostaria de estar. Ele sabia que todas as suas escolhas eram responsaveis pelo que estava vivendo hoje. Sabia que se resolvesse mudar poderia ser tarde demais. Seus medos hoje eram contrarios aos que outrora sentira.
Pensava que se pudesse mudar alguma coisa, mudaria as escolhas, mas nao iria na sua segunda opção, criaria uma nova onde o mundo girasse totalmente ao contrario. Giraria, junto com seus pensamentos, com seu remorso, com sua insonia.
E a noite escura nao tinha sombras e silencios maiores do que o que habitava em seu coração. O frio ja o consumia, pois perdera o brilho de sua vida. Sentia-se ilhado em meio aos seus tropeços, tinha medo de levantar e nao conseguir seguir em frente.
Pobre solitario, estava presos as amarras do passado na noite escura de sua vida.
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