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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Poeta sem palavras


E quando as palavras somem para onde o poeta corre?
Ele que aprendeu que a vida sempre pode ser descrita em seus versos, melódicos. Nos mesmos versos onde por tantas vezes dividiu emoções, exteriorizou tristezas, chorou por seus amores e cantou a alegria de ter sobrevivido. Nos versos onde por vezes se escondeu atrás do eu – lírico, usando a mascara mais oportuna para seu momento.
Em seus poemas poderia ser quem quisesse. Não havia gêneros nem formas. Não havia nada que o prendia. Eram apenas palavras combinadas com as outras que por vezes tocavam outros corações.
Mas hoje, sem conseguir encontrar as palavras, o que pode fazer o nosso poeta? E quando ele se cala, no silencio do seu coração escuta o que escrever, mas é como se ao traduzir em palavras faltasse o principal.
Então o poeta silencia, dando um tempo para ele e para a vida. Esperando a hora em que emergirá novamente do silencio que habita seus versos, e do vazio que predomina em suas anotações.
É apenas um poeta que esqueceu como se escreve...

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