Páginas

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sociedade dos poetas mortos

Não tente compreender minha escrita pois em alguns momentos nem eu mesmo a compreendo. Não sei a quem escrevo, e nem o real motivo de o fazer. Escrevo ao vento assim como todas as palavras que pronuncio que vão se perdendo de mim, indo para longe sem que eu possa agarrá-las e mantê-las por perto.
Não tente dar sentido ao que é inefável! Não coloque suas meias verdades como decreto supremo, pois a realidade é imperceptível ao que de fato cremos ser concreto.
Não prenda meus anseios, meus desejos e meus medos. Liberte-me...deixe-me ir que eu volto, se continuo preso aqui minha vontade é sempre de partir.
Partido ao meio um coração jamais pode retornar ao seu formato original, ainda que se tente consertar o que o feriu. Não me machuque com seu orgulho...onde há amor não existe orgulho.
Dê-me um pouco mais de tinta porque meu tinteiro está se esvaziando e minha pena teima em rabiscar. Sou um poeta preso em convenções, fadado a traduzir sentimentos em códigos se esforçando ao máximo para conseguir.
Digo a mim e a você, e a quem quiser saber...de nada mais sei além de que algo preciso saber. Seja sincero, seja límpido e me compreenda.
Busco o caminho, a verdade e a vida. Sou a voz que ecoa no deserto e que nunca é ouvida. Sou a voz esquecida e empoeirada numa estante. Sou apenas um errante e mais nada.
E por fim me despeço. Não tenho paradeiros, não me siga. Minha casa é essa imensidão de mundo e o meu lar é a vida. 
Sou eu, um poeta esquecido em um epitáfio...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...