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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Desenhando a vida

(Foto: Victor Botelho)
Hoje acordei um tanto quanto nostálgico, contemplando o silêncio e o sabor das velhas lembranças. Do que mais sinto falta hoje é da minha visão otimista da vida e das pessoas, daquela tendencia de ver pureza e beleza onde ela parecia nao existir.
Sinto falta de poder transformar em palavras o que vejo e sinto, de conseguir poetizar a vida em seus pormenores, nos seus segredos e nos seus palcos. É com pesar que vejo que hoje tudo tomou um rumo tão mecanico e essa praticidade me enlouquece as vezes.
Esse 'modo automático' de viver acontece comigo e com tantas pessoas. Hoje em especial tenha uma ligaçao com tudo que eu tenho vivido. Busco me controlar, me segurar ou me prender. Nego meus conflitos e vou vivendo num mundo onde em tudo enxergo a perfeição que nao existe.
Hoje acordei cansado, embora tenha dormido muito. Cansado de perder tempo na vida e de deixar as coisas acontecerem sem ao menos querer mudar algo. Cansado de me prender em um passado de dores e em um futuro que angustia pelas incertezas e deixar de viver o agora.
A vida é curta, rara, incerta e não pode ser desperdiçada. Preciso me re-inventar, me redescobrir e colorir a minha vida com as cores que eu escolher. Que ninguém tenha o direito de interferir em minhas escolhas, pois, somente a mim comete arcar com as consequências. Que a vida nao passe assim desapercebida, silenciosa e sem cor, pois eu sou o autor da minha própria vida e a mim cabe desenhar meu futuro. E se preciso for apago e começo tudo novamente, ainda tenho tempo para recomeçar.

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