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terça-feira, 14 de junho de 2011

Novamente em cartaz

Ele acordou com a imensa vontade de seguir em frente. Abriu janela do seu quarto, comtemplou o sol que o aquecia, seu brilho era maior naquele dia. Respirou, uma vez, profundamente, duas vezes. Estava vivo!
Quanto tempo demorou para perceber isso?
Foram tantos meses apenas sobrevivendo, sem saber o que fazer, sem saber com quem contar. Meses vivendo a dor da solidão. E o mundo esteve o tempo todo ali e ele nao percebeu. As pessoas estavam ali? Isso ele nao sabia, nao tinha vontade de ver ninguem e as poucas pessoas com as quais se permitia estar nao lhe eram suficientes.
E quando a vida nos leva para onde nao queremos ir, tentamos pegar atalhos e isso machuca mais ainda. Ele aprendeu isso com suas fugas e esquivas. Foi acumulando e se torturando cada dia mais. Sofrer no silêncio aumenta o peso da dor...e tentamos gritar mas ninguém parece ouvir, está cada qual imerso em sua propria dor. Como lera em algum lugar 'A dor de cada um é sempre a maior dor' e sabia a veracidade dessa frase.
Agora pouco importava tudo o que passou, iria recomeçar, sem pressa. Ele queria voltar a vida e retirar dela tudo que a tirara dele um dia.
Sorriu. Há tempos nao fazia isso! E mais uma vez olhou pro sol e prometeu a si mesmo que ninguem seria capaz de apagar seu brilho novamente.

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