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domingo, 5 de junho de 2011

Domenica in solitudine

Era um domingo como outro qualquer, ele estava sozinho em sua casa. Diferentemente dos outros dias a solidão  estava o incomodando...era como se de repente o silencio que se espalhava pela casa refletisse o seu interior. Mas a casa ainda tinha seu móveis para preenchê-la e ele se sentia extremamente vazio por dentro.
Pensou em ligar para alguém, mas sabia que todos estavam ocupados e que se o atendessem seria apenas para cumprir uma obrigação. Resolveu esperar, alguem poderia estar pensando nele e então ligaria.
As horas iam se arrastando lentamente e tão fatal como a serpente se arrastando pelo deserto. E era o que ele queria que lhe acontecesse, que de repente fosse seduzido por aqueles movimentos e que o veneno lhe corresse pelas veias em fraçoes de segundos para que pudesse de alguma forma ser uma outra pessoa.
Era apenas mais um domingo em que somente a solidão o acompanhava...e no meio da tarde as lagrimas chegaram para que ele nao se sentisse tão sozinho.

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