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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cartas e amores ao vento.

Já fazia um tempo em que ela guardava as cartas que ele lhe deu. Sabia que em algum momento teria que joga-las fora, ou queimar tudo aquilo junto com os vestígios de sentimentos que ainda restavam em seu coração. Por tantas vezes ela tentou se livrar das ultimas lembranças do seu passado que tanto já havia feito com que ela sofresse, mas algo impedia de que isso se concretizasse.
De alguma forma ainda havia esperança de que as coisas mudassem de rumo, talvez ela lembrasse das promessas que ele havia feito logo que se conheceram. Promessas não cumpridas, milagres mal feitos. Verdades que existiram somente naquelas cartas que com lagrimas ela segurava em suas mãos.
“Você vai ser pra sempre meu, e eu eternamente sua”. Todo dia antes de dormir recordava de tudo que haviam vivido, pensava se todo tempo não se passou de uma grande ilusão. Até que no meio da noite abriu a janela de seu apartamento, e lá do ultimo andar começou a picotar as cartas que lhe pertenciam deixando que os pedaços fossem livres pelo vento, pedindo que o vento tambem levasse o que lhe restava daquele amor que agora não existia mais nem em palavras.

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