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domingo, 7 de outubro de 2012

Distorção onírica


Sonhei com você na noite passada e acordei sem saber ao certo o que tinha sonhado. Me lembro vagamente de alguns detalhes e nem fiz questão de tentar lembrar o sonho por inteiro. Não quero desvendar os possíveis conteúdos latentes de um sonho que não me agrada.
Resistência? Repressão? Que seja o nome que quiserem dar. Interprete quem for capaz e decifre o indecifrável nesse mundo de contradições. No sonho você não era tal como é em realidade. Mas afinal, eu sei de fato quem é você? Eu sei quem é você sem a máscara que cobre-o? 
Desnudar vai além de tirar as roupas. 
Entregar-se vai além de deitar com alguém. 
Compromisso não resume-se em uma aliança. 
Distância nem sempre implica em saudade.
Promessas podem não ser sinceras.
Palavras  diferenciam-se de atitudes.
As vezes bate um medo grande de ter estragado algo ou de não ter feito tudo que poderia fazer, mas nem posso, não quero e nem devo pensar assim. Ultrapassei meus limites para manter um equilíbrio até que percebi que não havia como equilibrar o tudo e o nada.
Hoje apenas lamento o fato de ainda existirem pessoas capazes de sugar por completo a saúde psíquica de outras. Pessoas que tem um grande poder de sedução e tal como uma cobra envolvem a todos que estão a sua volta até que possam dar o bote certeiro em suas presas já entregues.
E o que fazemos quando nota-se que tudo não passou de uma grande mentira? O que fazer quando a realidade não era mais que uma grande ilusão? Talvez tenha sido apenas uma miragem em meio ao deserto que me cerca... 

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